Novo normal? Quem for ao bar terá que deixar dados para ser rastreado

De acordo com o ministro Boris Johnson, o banco de informações de quem frequenta os estabelecimentos será importante para facilitar o rastreamento em caso de uma nova onda ascendente de contaminação de novo coronavírus.

Os bares e restaurantes terão que seguir o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) – que veda o compartilhamento das informações a terceiros – e excluir os documentos do sistema após 21 dias da visita do cliente.

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Na prática, os locais terão que seguir sistema parecido com o de reserva de espaço. No caso, eles coletam nome, documentação, telefone e e-mail dos clientes. A medida, no entanto, não agradou. Representantes do setor de turismo alertaram para os “riscos à privacidade” dos clientes.

“Pedir que pubs e restaurantes se tornem controladores de dados da noite para o dia é injusto. E isso pode gerar dados pessoais acumulados, perdidos ou mal utilizados – seja para marketing ou contato pessoal indesejado”, alerta Silkie Carlo, diretora do grupo de campanhas do Big Brother Watch, ong que luta pelo direito à privacidade.

Além da coleta da dados, o governo britânico fez adaptações para permitir a reabertura desses espaços. Nos locais onde não é possível manter a distância segura de 2 metros, por exemplo, passa a ser aceito um metro.