Bancos públicos podem oferecer até R$ 600 bilhões em empréstimos, diz secretário

Bancos públicos podem oferecer até R$ 600 bilhões em empréstimos, diz secretário

O Governo Federal anunciou na segunda-feira (16) 14 medidas para enfrentamento da crise econômica imposta pelo novo coronavírus. Entre as ações adotadas pelo ministério da Economia está o incentivo para que os bancos públicos aumentem a oferta de empréstimos para as empresas.

O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (17), que o incentivo pode ampliar o potencial de empréstimos por parte dos bancos em até R$ 600 bilhões.

A ação visa garantir que, mesmo com a possível situação de crise econômica que o país começa a enfrentar, as empresas consigam manter seu fluxo de caixa e não enfrentem problemas de capital de giro.

Para Waldery, a manutenção do capital de giro é uma das principais ferramentas para assegurar que não existam grandes perdas econômicas.

“Sim, a manutenção do capital de giro é principal ferramenta para que não haja essa perda e nenhum problema. Nesse caso, além da atuação do governo, teremos também a atuação dos bancos públicos.”

Medidas

Segundo Waldery Rodrigues, das 14 medidas aprovadas no pacote apresentado pelo governo federal, quatro delas visam a manutenção dos empregos, seis focam em auxiliar a população mais vulnerável e quatro são voltadas para controlar o avanço do coronavírus. Em valor, as ações emergenciais chegam a R$ 147,3 bilhões.

Ainda de acordo com o secretário, se necessário, os responsáveis adotarão mais medidas. “É um grupo de monitoramento. As novas medidas serão anunciadas se necessário. Tratamos e combate a pandemia para permitir que não haja nenhuma quebra e nós voltemos o crescimento econômico.”

Rodrigues defende ainda que o governo está atuando com as ações necessárias para garantir que a economia brasileira tenha os mecanismos necessários “para enfrentar os problemas”.

“Não somos um caso isolado, o mundo todo está passando por essa situação criada pelo coronavírus”, afirma o secretário, garantindo que a situação não é um problema apenas do Brasil.