Mulher que teria inspirado personagem Martha de ‘Bebê Rena’ processa Netflix e pede US$ 170 milhões
Uma mulher britânica que alega ser a inspiração para a personagem perseguidora de “Bebê Rena“, série de sucesso da Netflix, iniciou um processo contra o serviço de streaming nesta quinta-feira (6), exigindo uma indenização de US$ 170 milhões, cerca de R$ 894 milhões. Fiona Harvey se identificou como a “Martha” da vida real, a mulher delirante, violenta e abusiva no centro do fenômeno global criado e protagonizado por Richard Gadd, que em seu episódio inicial afirma ser “uma história real”. Essa declaração “é a maior mentira na história da televisão”, diz a ação judicial apresentada na Califórnia, nos Estados Unidos. “É uma mentira contada pela Netflix e pelo criador da série, Richard Gadd, por ganância e desejo de fama; uma mentira elaborada para atrair mais espectadores, conseguir mais atenção, para fazer mais dinheiro, e para violentamente destruir a vida da demandante, Fiona Harvey”, acrescenta o texto. “Nós pretendemos defender esta questão de maneira vigorosa e defender o direito de Richard Gadd de contar a sua história”, afirmou um porta-voz da Netflix em um comunicado. A série de sete episódios estreou em abril de 2024 e rapidamente conquistou um enorme público.
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Em “Bebê Rena”, baseada em um monólogo de Gadd, uma versão ficcionalizada do autor, Donny, conhece uma mulher no pub onde ele trabalha. Martha envia milhares de e-mails, mensagens de texto e voz para o protagonista, sua namorada e sua família. A protagonista, que segundo a série já havia sido anteriormente condenada por perseguir um advogado, também abusa sexualmente de Donny. Gadd disse a jornalistas que mudou detalhes sobre Martha para proteger sua identidade, mas “detetives” da internet não demoraram a descobrir Fiona Harvey e começar a fazer contato com ela pelas redes sociais. Desde então, ela já apareceu na televisão britânica negando ter bombardeado Gadd com mensagens ou ter atacado a ele e sua namorada. “Os réus contaram essas mentiras e nunca pararam, porque era uma história melhor do que a verdade, e histórias melhores geram dinheiro”, diz o processo. “E a Netflix, uma empresa de entretenimento bilionária e multinacional, literalmente não fez nada para confirmar a ‘história real’ que Gadd contou”. A ação alega difamação, imposição intencional de sofrimento emocional e negligência, entre outras reivindicações.
*Com informações da AFP
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