Risco de dano neurológico pelo uso de termômetro infravermelho é fake news
No ‘novo normal’, além do uso de máscaras e álcool em gel, comerciantes de todo país adotaram tecnologias para medir a variação de temperatura dos clientes para controle de acesso aos estabelecimentos.Mas, nas últimas semanas, a forma de manusear o aparelho mudou:antes, as aferições eram feitas na testa; agora, na maior parte dos comércios, o mesmo procedimento é feito no punho.A mudança aconteceu por causa de vídeos que circulam na internet afirmando que o termômetro emite um raio infravermelho, e por consequência atinge a glândula pineal — localizada na parte central do cérebro.
O conteúdo afirma que, com o tempo, o procedimento pode ocasionar distúrbios no organismo. E, por fim, instrui a população a pedir que suas temperaturas sejam medidas na região do antebraço.A médica Nina Musolino afirma que esses supostos alertas não passam de mentiras e explica que as pessoas irradiam calor corporal em forma de luz infravermelha. O que os termômetros fazem, em grande parte, é detectar o quanto elas emitem de calor — e não soltar uma radiação.