A pandemia impulsionou esse setor – e essas PMEs dobraram de tamanho

A pandemia impulsionou esse setor – e essas PMEs dobraram de tamanho

Positiva

Outra pequena empresa do setor é a Positiva. Em 2019 a empresa mais que dobrou o faturamento e chegou a 5 milhões de reais. Para esse ano, a meta é novamente dobrar a receita. A companhia conta com um centro de distribuição próprio na cidade de São Paulo e vende seus produtos em 200 mercados, de redes pequenas a unidades do St. Marche.

A Positiva tem um lava roupas, sabão de coco em barra e em pó e um produto multiuso concentrado, que serve para limpar diversas superfícies A Positiva tem 21 itens diferentes e prevê lançar mais 40 até o fim do ano. Entre os novos produtos, estão o álcool em gel e novas versões dos produtos de limpeza com aroma de lavanda, ambos pedidos dos clientes.

A Positiva conta ainda com sacolas e esfregões feitos de redes de pesca reaproveitadas por comunidades de pescadores e buchas vegetais, produzidas pela agricultura familiar no cerrado.

A busca por ingredientes naturais e de qualidade encarece o produto final, mas a empresa busca maneiras de tornar a compra mais barata para o consumidor. Uma forma é, assim como a Yvy, vender apenas itens concentrados. “Grande parte dos produtos tradicionais é água. Ao deixar o produto concentrado, o cliente adiciona água em casa e economizamos no estoque e no transporte”, diz Leandro Menezes, co-presidente da Positiva.

Outra forma de economizar é ter itens multiuso, que sirvam para limpar diversas superfícies – assim o consumidor compra apenas um frasco, e não dez. A filosofia é ter menos itens, que sirvam para mais de uma coisa, uma lógica que vai contra o cenário atual da indústria, dizem os empreendedores, em que há diversos produtos para o fogão, banheiro, chão e vidro, com cores e aromas fortes.

A partir de julho, todas as embalagens da Positiva serão feitas de plástico reciclado, em parceria com cooperativas de reciclagem, para diminuir o material que é enviado a aterros ou lixões. Em agosto, irá lançar a compra programada, uma espécie de clube de assinatura flexível.

As empresas, embora ainda pequenas diante de gigantes como Unilever e Reckitt Benckiser, acreditam que podem conquistar uma fatia de mercado. “O que nasce com uma boa intenção tem chances de prosperar. Nossos produtos são essenciais e buscamos desenvolver a melhor linha de limpeza”, diz Zambardino.