Com a pandemia, mercados instalados dentro de condomínios ganham espaço

Com a pandemia, mercados instalados dentro de condomínios ganham espaço

A pandemia do coronavírus deu início a uma nova tendência: a das vendas dentro de condomínios residenciais. Com o isolamento social e a busca por evitar locais com aglomerações, algumas empresas resolveram levar um mini mercado para dentro dos condomínios. O fundador da Numenu, Rafael Freitas, conta que a ideia nasceu pela pandemia da Covid-19. “Os síndicos estavam muito preocupados com essa ideia do contágio. Então eles resolveram levar essa tecnologia para que as pessoas consigam os produtos sem que elas tragam o vírus do supermercado para o condomínio.”

Para fazer a compra, o cliente acessa o site ou o aplicativo no celular, escolhe o produto, depois é só e descer e buscar na prateleira. O gerente de marketing, Fernando Oliveira, gostou quando a novidade chegou no condomínio onde ele mora. “Não só está disponível 24 horas, mas está dentro da casa da gente. Não faz diferença se está chovendo, se é de madrugada.”

A Onii é outra empresa oferece essa facilidade. Nesse caso, a compra funciona assim: o cliente escaneia o código de barras do produto com a câmera do celular e o valor é creditado no cartão cadastrado. A primeira loja do grupo foi aberta em dezembro do ano passado num condomínio no interior de São Paulo. Segundo Ricardo Podval, um dos sócios da empresa, a procura aumentou ainda mais com a pandemia do coronavírus.

“Infelizmente aconteceu a pandemia do coronavírus e, em função dessa busca foi gigantesca por prédios, condomínios e grandes construtoras buscando uma solução que também proteja. A nossa expectativa eram 60 lojas, hoje estamos com mais de 200 pedidos de lojas pelo Brasil.”

O modelo de vendas chamou atenção de grandes redes de supermercados, como a Hirota, que vai inaugurar duas lojas em containers dentro de condomínios no final deste mês. Segundo o diretor da rede, Hélio Freddi, essa é uma tendência que veio pra ficar. O modelo de vendas é feito sem nenhum funcionário. Tudo na base da confiança. As empresas têm câmeras de monitoramento e afirmam que número de fraudes é muito pequeno.

*Com informações da repórter Nicole Fusco