Governo prorroga prazo para uso da Força Nacional no combate a incêndios na Amazônia

Efetivo deverá ser usado até 10 de julho na região da Amazônia Legal, em apoio ao Gabinete de Segurança Institucional. Autorização havia sido concedida em maio, quando houve recorde dos alertas de desmatamento. Vista áerea mostra área desmatada da Amazônia próxima a Porto Velho, em Rondônia, em setembro de 2019.

Bruno Kelly/Reuters

O governo federal autorizou a prorrogação até 10 de julho do uso da Força Nacional de Segurança Pública no combate aos incêndios na Amazônia Legal, que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

A autorização havia sido concedida em maio e valia até 10 de junho. A portaria publicada no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (15) tem validade entre os dias 11 de junho de 10 de julho. A autorização foi publicada em meio ao aumento dos índices de desmatamento na região.

De acordo com o texto, a Força Nacional deverá atuar em apoio ao Gabinete de Segurança Institucional nas ações de fiscalização, de repressão ao desmatamento ilegal e demais crimes ambientais e de combate aos incêndios florestais e às queimadas, na área que compreende a Amazônia Legal.

Em maio, os alertas de desmatamento na Amazônia registraram recorde em maio de 2020. Foram 829 km² de área desmatada, o maior valor para o mês nos cinco anos da série histórica deste indicador. O número é 12% acima do registrado em maio de 2019.

Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizados na última sexta-feira (12).

Considerando o acumulado de alertas do Deter ao longo do meses, a tendência é de aumento na taxa oficial de destruição da floresta na atual temporada que se encerra em agosto de 2020. A tendência preocupa, já que o período anterior teve recorde com 10 mil km² de desmatamento.