Após autorização de Bolsonaro, 2.500 soldados patrulham ruas de Fortaleza

Após autorização de Bolsonaro, 2.500 soldados patrulham ruas de Fortaleza

Um efetivo de 2.500 agentes do Exército ocupam, atualmente, as ruas da capital cearense. A decisão do presidente Jair Bolsonaro em decretar a Garantia de Lei e Ordem (GLO) no Ceará ocorreu logo após a solicitação do Governador do Estado, Camilo Santana (PT-CE), divulgada no dia em que o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado, no município de Sobral, distante cerca 270 quilômetros de Fortaleza.

Além do Exército Brasileiro, 300 agentes da Força Nacional estão em Fortaleza para reforçar a segurança. Durante toda esta sexta-feira (21) a cúpula da Segurança Pública do Estado se reuniu com senadores cearenses e de demais Estados brasileiros para discutir como será a atuação do Exército e das Forças Armadas na capital e em cidades do interior.

Entre os membros da reunião, estavam o comandante da 10° Região Militar, General Cunha Mattos, o Secretário de Segurança Pública, André Costa, os senadores Tasso Jereissati, Eduardo Girão, Elmano Férrer e Major Olímpio.

“A segurança do Ceará não está mais nas mãos do Governo. Nosso papel aqui é de colaborar. Viemos trazer nossa solidariedade a essa Garantia de Lei e Ordem Somos uma força amiga de colaboração. A posição do exército brasileiro não é de confronto e sim de solução. O foco na missão é a garantia de segurança da população”, justificou Major Olímpio.

O comandante da operação, General Cunha Mattos, conduziu a reunião e deu as linhas gerais da GLO para os órgãos e instituições envolvidos. Toda a operação da segurança pública está sob comando das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais. Só nas últimas 48 horas, o Estado do Ceará registrou 51 assassinatos.

Major Olímpio disse ainda que, na noite de quinta, houve uma reunião com o governador Camilo Santana e que uma proposta foi apresentada às tropas, mas ainda não foi aceita. “A liderança foi clara em nos dizer: ‘por nós continuamos no movimento’. Foram mais de 3 horas de conversa. Eles fizeram a assembleia e decidiram por ficar”, disse.

*Com informações do Estadão Conteúdo