PF mira fraudes em consórcio de limpeza em nova operação

PF mira fraudes em consórcio de limpeza em nova operação

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã a operação Chorume, sétima fase da Operação Descarte, que apura fraudes na prestação do serviço de limpeza urbana de São Paulo.

Segundo a PF, um escritório de advocacia teria emitido novas fiscais frias e entregado dinheiro em espécie para o Consórcio Soma, responsável pelo trabalho. A ação investiga ainda uma tentativa de obstrução das fiscalizações da Receita federal em 2017 mediante pagamento de R$ 3 mi. Além da obtenção de mais provas, a operação visa encontrar os responsáveis pelo dinheiro e confirmar tal tentativa de obstrução.

Os agentes cumprem 21 mandados de busca na capital paulista, Barueri, Santana de Parnaíba, Francisco Morato, Santos, São José do Rio Preto, Itajaí (SC), Brasília (DF) e Cidade Ocidental (GO).

A Operação Descarte é um desdobramento da Lava Jato e foi deflagrada em 2018. O consórcio Soma foi um dos alvos da investigação, e as delações de Alberto Youssef e do empresário Leonardo Meirelles serviram como base para o desencadeamento da ação.

Na ocasião, as investigações apontaram que o consórcio usou botas, sapatênis, bonés, uniformes, tintas, sacos de lixo e detergentes para lavar cerca de R$ 200 mi. A Soma simulava a compra dos materiais – entre 2014 e 2016, foram gastos R$ 14,27 mi em sacos de lixo.

Ate o momento, foram identificadas três pessoas que entregavam o dinheiro para que o escritório de advocacia repassasse aos clientes. Elas indicavam contas bancárias de empresas fictícias para as quais deveriam ser realizados as transferências e depois, devolviam o dinheiro em espécie ao escritório, com a cobrança de uma taxa de 2 a 3% do montante.

A ação apura os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária, violação de sigilo funcional, organização criminosa e embaraço à investigação de crime que envolva organização criminosa.

* Com informações do Estadão Conteúdo.