Primeiro paranaense com pulmão transplantado recebe alta

Primeiro paranaense com pulmão transplantado recebe alta

Operação integrada

Em uma operação integrada que envolveu a Divisão de Transporte Aéreo da Casa Militar e GOA/PCPR (Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Civil do Estado do Paraná) , o órgão foi transportado de helicóptero de Foz do Iguaçu até o HAC, em Campina Grande do Sul, e implantado com êxito em Reinaldo de Goes, um dos dez pacientes que aguardava na fila de espera de um órgão em condições adequadas para o procedimento.

Reinaldo é pedreiro de profissão, mas estava há dois anos sem trabalhar, pois necessitava de oxigênio. “Ele teve um enfisema pulmonar que desencadeou esse quadro mais grave de dificuldade de respirar. Tenho cuidado do Reinaldo desde então. A gente estava na fila e colocou na mão de Deus. Foi uma surpresa quando nos ligaram e viemos da Lapa até o hospital”, conta Valdelice Goes, esposa de Reinaldo. O casal é da Lapa, tem quatro filhos e está junto há 27 anos.

Dois anos de espera

“Há dois anos nós obtivemos o credenciamento do Ministério da Saúde para esse tipo de transplante, e desde então passamos por vários processos para que hospital e equipe estivessem aptos. Isso incluiu a preparação dos pacientes para a cirurgia. O processo é complexo e tem algumas particularidades fundamentais para a recuperação pós-cirúrgica. Além da compatibilidade sanguínea, os pulmões doados devem estar sem sinais de infecção ou indícios de lesões por trauma”, pontua Barth.

Ainda de acordo com o cirurgião, os pulmões devem ser compatíveis em tamanho com o receptor. “São detalhes fundamentais que apontam para a importância da conscientização em prol da doação de órgãos no Brasil. Todo cidadão que deseja ser um doador deve comunicar sua intenção à família”, enfatiza.