Revista Time escolhe Greta Thunberg como 'Pessoa do Ano'

Revista Time escolhe Greta Thunberg como 'Pessoa do Ano'

Ela ganhou fama e inspirou movimentos estudantis na luta contra o aquecimento global e em defesa da natureza.

Ativista Greta Thunberg é escolhida a 'Pessoa do Ano' pela revista Time

Reprodução/ Revista Time

A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, foi eleita a 'Pessoa do Ano' pela revista "Time" nesta quarta-feira (11). Ela ganhou fama e inspirou movimentos estudantis na luta contra o aquecimento global e em defesa da natureza. A estudante é a mais jovem a ser indicada ao prêmio.

Em 2018, a estudante deixou de ir a aulas nas sextas em em Estocolmo para protestar contra contra o aquecimento global. O ato solitário ganhou apoio nas redes sociais e foi seguido pelo mundo sob o nome de "Fridays For Future".

'Poucos adultos estão escutando', diz Greta em entrevista ao G1

Ela já discursou eventos internacionais como a COP24, a Conferência do Clima da ONU, e o Fórum Econômico Mundial.

Em março deste ano, em entrevista ao G1, Greta afirmou que poucos adultos estão escutando as demandas dos jovens. "Eles estão ocupados fazendo outras coisas para serem reeleitos", disse ela.

'Pirralha'

Um dia antes de Greta ser nomeada “Pessoa do Ano”, o presidente Jair Bolsonaro criticou o espaço dado pela imprensa para a ativista, a quem chamou de “pirralha”.

Isso porque, no sábado (7), Greta compartilhou um vídeo sobre as mortes dos indígenas brasileiros e escreveu que esses povos são assassinados ao tentar proteger a floresta do desmatamento ilegal.

"A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, pirralha", declarou o presidente.

Horas depois da fala do presidente brasileiro,Greta mudou a sua apresentação no Twitter para "Pirralha".

A ativista Greta Thunberg discursa na conferência da ONU sobre o clima, a COP 25, em 11 de dezembro de 2019

Cristina Quicler/AFP

Trajetória de Greta em 7 tópicos

Ela conta que aos 8 anos, na escola, ouviu falar pela 1ª vez sobre aquecimento global e disse ter ficado assustada com a falta de ação dos adultos.

Ela conta que o temor em relação ao meio ambiente foi um dos fatores em um período depressivo, no qual deixou de ir à escola por um tempo.

Aos 11 anos, ela foi diagnosticada com Asperger, um tipo de autismo. Ela diz que essa condição é chave em seu modo de agir e interpretar o mundo.

Depois de pesquisar e convencer os pais sobre a crise climática, a estudante começou em 2018 a deixar de ir a aulas nas sextas para protestar.

Ato solitário ganhou apoio nas redes sociais e foi seguido pelo mundo sob o nome de "Fridays For Future".

Greta já discursou eventos internacionais como a COP24, a Conferência do Clima da ONU, e o Fórum Econômico Mundial.